A arma utilizada pelo adolescente no ataque que matou uma jovem e feriu outras duas alunas na manhã desta segunda-feira (23) na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, era legalizada e pertencia ao pai do suspeito.
Fontes ligadas à investigação informaram à CNN que o adolescente é filho de pais separados e que passou o fim de semana na casa do pai, no ABC Paulista.
Segundo relatos, durante o fim de semana o jovem vasculhou a casa e encontrou tanto o revólver calibre 38, quanto as respectivas munições. Os materiais estavam guardados em locais diferentes. O registro da arma seria antigo, de acordo com fontes que pediram para não ser identificadas.
O inquérito será conduzido no 70° DP (Sapopemba). Segundo a Polícia Civil, outras pessoas serão investigadas, não pela participação direta no crime, mas por terem alguma ligação com o agressor.
O ataque
Uma aluna morreu e outros três ficaram feridos após um ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (23). A informação foi confirmada pelo governo de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, um adolescente de 16 anos, também aluno, entrou armado no colégio e efetuou os disparos. Ele foi apreendido junto com a arma e encaminhado à Vara da Infância e Juventude. Até a última atualização desta reportagem, a polícia não havia divulgado a motivação do ataque.
"Todas as circunstâncias relativas aos fatos são investigadas pelo 69º DP (Teotônio Vilela), que promove diligências e a oitiva de testemunhas. A arma do crime, em situação regular, foi apreendida e encaminhada ao Instituto de Criminalística. Após os exames legais no IML, o corpo da vítima foi liberado aos familiares."
Ao todo, três estudantes foram atingidos pelos tiros. A vítima que não resistiu aos ferimentos tinha sido baleada na cabeça. Outras duas foram feridas no tórax e na clavícula. Um quarto aluno se machucou ao tentar fugir durante o ataque, de acordo com nota divulgada pelo governo estadual.
Os feridos foram levados para o pronto-socorro do Hospital Geral de Sapopemba. Não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde deles.
Ainda por meio de nota, a gestão estadual lamentou o ocorrido e disse que a prioridade é prestar atendimento aos familiares das vítimas.
"O governo de SP lamenta profundamente e se solidariza com as famílias das vítimas do ataque ocorrido na manhã desta segunda-feira (23) na Escola Estadual Sapopemba. Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares."
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