As chances de assédio eleitoral no ambiente de trabalho aumentam às vésperas das eleições. Neste ano, o primeiro turno acontece no dia 6 de outubro. Os casos apontam para os ocupantes de cargos superiores indicarem o nome e o número do candidato a ser votado pelos funcionários no dia da eleição.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, mostram que em 2022, o Piauí foi o terceiro estado do Nordeste com o maior número de casos de assédio eleitoral.
Segundo a juíza auxiliar da corregedoria eleitoral do Piauí, Melissa Pessoa, o assédio consiste na coação psicológica, velada ou expressa, em relação ao voto, com o intuito de fazer o empregado mudar sua preferência eleitoral.
“Fica muito caracterizado quando ameaças, expressões ou mesmo ameaças diretas são feitas, impedindo a liberdade de escolha da pessoa”, explicou a magistrada.
A juíza enfatiza que a vítima deve procurar os canais de denúncia, como o aplicativo Pardal da Justiça Eleitoral, o Ministério Público e a Ouvidoria Eleitoral de todos os tribunais do Piauí.
“É importante que quem não se sinta à vontade em uma situação dessas, e perceba a coação, faça a denúncia para que ela seja devidamente apurada e punida”, acrescentou.
1° condenação pela prática no Piauí
A Justiça do Trabalho do Piauí condenou a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina pela prática de assédio eleitoral, após ação do Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI). A presidência da FMS informou ao Portal ClubeNews que ainda não foi notificada sobre a decisão.
A medida foi publicada na quarta-feira (25) e é a primeira relacionada a assédio eleitoral no trabalho no Piauí. O juiz titular da 4ª Vara do Trabalho, Tibério Freire Villar da Silva, reconheceu o assédio conforme as provas apresentadas pelo MPT.
Fonte/Créditos: Clube News
Créditos (Imagem de capa): Agência Brasil
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