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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2025
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Professor da Uespi de Picos é afastado após denúncias de assédio a aluna em sala de aula

Em nota, a Uespi informou que a aluna não fez uma denúncia formal. Conforme o Diretório Central dos Estudantes (DCE) de Picos, a aluna denunciou o caso na Ouvidoria do Estado

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Professor da Uespi de Picos é afastado após denúncias de assédio a aluna em sala de aula
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Um professor de 60 anos foi afastado da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), no campus de Picos, depois que uma estudante de 18 anos denunciou ter sido assediada sexualmente por ele. Conforme o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela vítima, o suspeito a perseguia e chegou a apontar um laser para os seios dela durante uma aula.

Em nota, a UESPI informou que a aluna não fez uma denúncia formal. Leia a nota na íntegra no final da reportagem.

Conforme o Diretório Central dos Estudantes (DCE) de Picos, a aluna denunciou o caso à Polícia Civil e para a Ouvidoria Geral do Estado. Agora, o Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nevim) também está apurando a situação. Após a denúncia, a estudante foi informada de que o professor havia sido afastado em razão das queixas. Na nota divulgada à imprensa, a UESPI não cita o afastamento.

Ao saberem que uma aluna havia sido vítima de assédio, no dia 17 de outubro, os estudantes da instituição organizaram uma manifestação e espalharam pelo campus diversos cartazes pedindo o afastamento do professor (foto abaixo). Até então, os estudantes não sabiam quem era a vítima.

Denúncia

A vítima ingressou na instituição apenas há dois meses, no dia 28 de agosto de 2024, e está no primeiro período. Segundo ela, com menos de um mês de aulas o assédio começou. O g1 teve acesso à denúncia formalizada pela aluna em 18 de outubro, um dia após a manifestação organizada pelo DCE. E no mesmo dia em que denunciou o caso à Polícia Civil.

Confira abaixo, em uma lista cronológica, as importunações que a aluna relatou à universidade:

  • Inicialmente, a vítima relatou que, durante as aulas, era constantemente chamada pelo professor com perguntas e interações. Por isso mudou de lugar na sala, para tentar afastar a atenção, mas as investidas continuaram;
  • No dia 19 de setembro de 2024, ela recebeu seis chamadas telefônicas, sendo cinco perdidas e uma atendida. Era o professor, que se identificou e disse que havia ido até o local de trabalho de uma colega de sala da aluna para conseguir o número. O assunto da chamada, segundo a denúncia, eram assuntos da aula anterior;
  • No dia seguinte, o professor ligou outra vez, falando novamente sobre a aula do dia anterior. Então a vítima contou a alguns colegas o que estava acontecendo e eles falaram que também notaram o comportamento estranho do docente com a aluna durante as aulas;
  • Depois, durante uma aula que a estudante chegou atrasada, seus colegas contaram que o professor questionou a classe se ela iria faltar, porque ainda não estava na sala;
  • Em outra aula, em que a aluna sentou no fundo da sala, notou que o professor apontava um objeto para ela. Ao abaixar a vista, notou que ele apontava o laser que utilizava durante as aulas para os seus seios;
  • No dia 9 de outubro, conforme a denúncia da ouvidoria, a vítima pediu para que sua mãe a levasse em um psicólogo. A mãe não sabia do que se tratava. A vítima relatou que queria ter certeza que as atitudes do professor era assédio contra ela. O profissional a orientou a contar o que estava acontecendo para sua família;
  • Então, no dia 10 de outubro, ela contou o que estava acontecendo para a família. E acompanhada da mãe, foram na diretoria do campus de Picos da Uespi e relataram essas ocorrências para a instituição. A direção do curso informou que a situação seria resolvida imediatamente. No mesmo dia, quando foi para a aula, o coordenador do seu curso informou à turma que o professor em questão havia sido afastado.

Caso de assédio em Campo Maior 

Um outro caso de assédio havia sido denunciado no último mês de julho, no Campus Heróis do Jenipapo, da Uespi de Campo Maior. O crime teria sido praticado por um professor em relação a uma aluna de 50 anos, cujo nome não foi divulgado. 

O Diretório Central dos Estudantes da Uespi se pronunciou e ofereceu assessoria juridica à vítima. Foi registrado também um Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis da Seccional  de Campo Maior.

De acordo com Natanael Soares, do DCE, o caso em Campo Maior segue sem solução e o processo segue em andamento na justiça e também administrativamente.

Ainda segundo o presidente do DCE, o acusado no caso de Campo Maior não foi afastado das funções, diferentemente do que ocorreu em Picos. 

Fonte/Créditos: g1 Piauí/Diário dos Carnaubais

Créditos (Imagem de capa): Reprodução

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