A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí, através de seu representante, o tenente-coronel Zette, esteve em Campo Maior nesta segunda-feira (17) com o objetivo de colher depoimentos sobre o caso do motorista Francisco Werick Silva Alves, morto no último mês de julho após ser baleado por um policial do BEPI (Batalhão Especial de Policiamento do Interior).
Em entrevista coletiva na sede do 15º BPM, o coronel informou que a visita teve como objetivo ouvir testemunhas, reunir documentos e anexar novos elementos ao processo administrativo que apura a conduta do policial Hesron Gonçalves de Sousa, apontado como autor dos disparos. Durante a passagem pela cidade, ele ouviu um policial civil na delegacia e demais pessoas envolvidas na investigação. A Corregedoria reforçou que Hesron está afastado das atividades operacionais desde o dia do ocorrido.
Werick foi morto na madrugada do dia 25 de julho, no bairro Santa Cruz, em Campo Maior. O policial militar Hesron Gonçalves de Sousa e Silva, lotado no Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), de Teresina, afirmou que estava na casa da namorada, com quem mantinha um relacionamento havia cinco meses. Segundo informações repassadas pela polícia, a mulher relatou que também se relacionava com Werick.
De acordo com a versão apresentada pelo policial, durante a madrugada, por volta das 2h, ele foi acordado pela namorada, que disse ter ouvido um barulho na porta. Ao ir até o quintal, afirmou ter visto pegadas e, em seguida, ouviu disparos de arma de fogo. Segundo ele, Werick teria surgido em sua direção armado com um facão, momento em que Hesron atirou alegando legítima defesa. O policial afirmou não lembrar exatamente quantos disparos realizou, apenas que foram mais de dois.
A família de Werick, porém, contesta as versões apresentadas pelo policial e denuncia contradições no depoimento do agente.
Fonte: Campo Maior em Foco
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